quinta-feira, maio 17, 2012

Marinho participa de discussão sobre alterações no regime automotivo brasileiro

Da Redação - O novo regime automotivo brasileiro, instituído pelo Decreto nº 7.716/2012, do Executivo, foi discutido na manhã dessa terça-feira (15), no Salão Nobre do Paço Municipal de São Bernardo, em reunião com empresários do setor de ferramentas e moldes e os prefeitos de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, e Diadema, Mario Reali.

O Decreto nº 7.716/2012 é considerado, pelos empresários, uma das principais conquistas do GT de Ferramentaria, que abriu negociação entre o governo, os empresários e os trabalhadores. Entre as alterações introduzidas pela nova legislação estão o estabelecimento de cotas de importação de automóveis até 2015, o que coloca um freio nas importações de veículos médios e de luxo do México, incentivando a produção nacional, e a alteração de alíquotas de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), associadas à inovação tecnológica. Neste caso, ficou estabelecido que, a partir de 1º de janeiro de 2013, todos os veículos terão aumento de 30% de IPI, além dos 11% já taxados.

Para não precisar pagar os 30%, as montadoras deverão se habilitar no Programa Inovar-Auto, pelo qual deverão se adequar a dois critérios: parte dos carros produzidos terão de ter conteúdo nacional e deverá haver investimentos em engenharia e tecnologia. Dessa forma, os gastos com estampados, autopeças e ferramental retornarão para a empresa.

Para o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, o decreto da presidenta Dilma representa um avanço fundamental para o setor de ferramentaria, um dos mais importantes para a indústria automobilística. “Queremos agora que vocês se articulem e sejam o principal polo de ferramentaria da América Latina, pois know how e expertise já têm”, disse.

Além do novo regime automotivo, foram discutidos também o estatuto do Arranjo Produtivo Local (APL) de Ferramentaria, com o objetivo de incentivar a produção das empresas do setor, afetadas pelo câmbio favorável à entrada de produtos do exterior, parcerias com universidades e com o Senai nacional, que propõe a criação de centros de treinamento para formação de novos ferramenteiros e de tecnólogo em ferramentaria, além de diálogos com montadoras para revisão de custos, linhas de crédito e financiamento pelo BNDES.

Esta é a sexta reunião do Grupo de Trabalho (GT) de Ferramentaria, organizado pelas secretarias de Desenvolvimento Econômico das duas prefeituras, juntamente com representantes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, da Abimaq, da Abifa e de aproximadamente 40 empresas do setor, que se relacionam diretamente com as indústrias automobilísticas. A próxima reunião do GT será no dia 21 de junho, às 9h, no anfiteatro do Paço Municipal de Diadema.

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