quarta-feira, agosto 31, 2011

Escola de Trabalho prepara pessoas para o mercado na área de confecção - (30/08/2011)


"Quero trabalhar com carteira assinada e conquistar minha autonomia financeira e não ficar apenas na dependência do marido". Essa foi a declaração da aluna Gilmara Santana, uma das 40 primeiras beneficiadas pela Escola de Trabalho na área de confecção, que teve a primeira fase dos trabalhos inaugurada pelo prefeito de São Bernardo do Campo na noite desta segunda-feira (29/8).

O espaço localizado nas instalações da Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Marly Buíssa, no Jardim Nossa Senhora de Fátima, desenvolve uma política de inclusão para mulheres e pessoas com deficiência, oferecendo capacitação em costura industrial, costura e artesanato em tecidos, customização e silkscreen. Essa proposta formativa se diferencia porque aproxima a ação educativa com a rotina de trabalho.

A Prefeitura investiu R$ 152 mil na iniciativa, entre despesa com folha de pagamento e aquisição de material de consumo. A Administração também responde pela formação, material do curso, alimentação e passe-escolar das alunas. Já parceiros como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) entraram com as máquinas e equipamentos de consumo e empresas da iniciativa privada contribuirão no custeio das bolsas no valor de R$ 180 por aluno por meio de isenção fiscal. Outro parceiro é o Centro de Educação, Estudos e Pesquisas (CEEP), que mantém convênio com a Secretaria de Educação do município na coordenação de cursos de qualificação profissional.

Para o chefe do Executivo, a Escola de Trabalho reforça o processo de transformação que a atual Administração vem concretizando na cidade em todos os segmentos. "Nas entregas das novas unidades habitacionais no Conjunto Três Marias, por exemplo, observamos muitas mulheres sem uma ocupação. Por isso estamos trabalhando para criar condições de inclusão para a população feminina, deficientes físicos, idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade. Queremos de fato que essa experiência da Escola de Trabalho seja apenas o início desse processo de formação para as mulheres", sublinhou.

Os alunos em formação irão estudar quatro horas por dia e ganharão uma bolsa de R$ 180 reais. A Escola de Trabalho tem o propósito de se tornar um espaço de conhecimento para empresários e de trabalhadores da área. O setor de confecção é um dos que vem aumentando a oferta de trabalho e necessita de novas tecnologias para qualificar o processo produtivo, e é com essa lógica que a Escola foi montada. Ao final do curso, com duração de oito meses, eles serão encaminhados à Central de Trabalho e Renda, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, para a inserção no mundo do trabalho.

O projeto atenderá 140 alunos por ano. Esse novo espaço de capacitação profissional também pretende estabelecer uma política de desenvolvimento econômico e social que prevê um trabalho formativo com mulheres e mães de deficientes na elevação de escolaridade e qualificação profissional na área da costura.

A Escola de Trabalho do segmento da costura e confecção será um espaço de aprendizagem em qualificação profissional e elevação de escolaridade. A prática didática tem como objetivo recuperar os saberes dos alunos, capacitação e, depois desse processo de aprendizagem, encaminhá-los para o mercado de trabalho. Além disso, o projeto promoverá a ampla participação da comunidade, incentivando a inclusão das camadas excluídas da população, em um processo de transformação da realidade e de construção da cidadania.

O projeto é destinado às pessoas desempregadas e moradoras do município de São Bernardo, pessoas com deficiência e seus familiares com baixa renda familiar, além de pessoas que se encontrem em situação de alta vulnerabilidade. Nesse aprendizado, os alunos terão a oportunidade de confeccionar peças na produção industrial e artesanal.

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