sexta-feira, fevereiro 24, 2012

Moradores da Vila Comunitária comemoram conquista de escrituras dos seus imóveis

Após quase três décadas de espera, 50 famílias da Vila Comunitária conquistaram as escrituras dos imóveis. Foram quase três décadas de espera. Esse foi o tempo que as 50 famílias residentes na Vila Comunitária tiveram que esperar para conquistar a tão sonhada escritura de seus imóveis.

O bairro, fundado em 1983 pela Associação de Construção Comunitária por Mutirão, tem histórico de luta por moradia e a constituição de movimentos populares pela redemocratização do país, uma vez que alguns de seus sócios participaram ativamente do movimento sindical na cidade.

As 50 escrituras foram entregues pelo prefeito em novembro do ano passado e são resultado do Programa de Regularização Fundiária de São Bernardo. O documento assegura o direito à moradia digna, segurança jurídica da posse e propriedade do imóvel.

Morador e presidente da Associação de Construção Comunitária por Mutirão, Inácio Deodato Guimarães, 58 anos, lembra com emoção dos tempos difíceis e dos esforços para a compra do terreno onde hoje existe a Vila Comunitária.

Segundo ele, a área de 10 mil m² foi adquirida da Diocese de Santo André pelos moradores que, além de pagar pelo terreno, também se organizaram para construir suas casas em regime de mutirão.

"Na época, foi muito difícil. Grande parte das pessoas que hoje mora no bairro veio do Parque São Bernardo. Conseguimos comprar o terreno porque havia o comprometimento de que no local seria para moradia. Construímos as casas, pagamos os impostos, mas não tínhamos a escritura. Isso só foi possível com o governo atual, que implementou na cidade o programa de Regularização Fundiária e garantiu, por meio de um projeto de lei, uma grande redução dos valores que os cartórios cobravam pelas escrituras", afirmou. Guimarães pagou pelo documento R$ 127,59.

Quem também comemora o documento definitivo de sua casa é Maricélia Mendonça Santos, 56 anos. Para a dona de casa, mãe de dois filhos e que há 15 anos esperava pela escritura, o seu sonho foi realizado. "Quando peguei a escritura em minha mão, parecia que tinha ganhado na loteria. É uma sensação que não tem preço. Tenho certeza que mais moradores de São Bernardo também terão essa alegria que eu tive. Tudo isso só foi possível graças ao esforço dessa Administração", ressaltou.

Em São Bernardo existem 261 assentamentos precários de interesse social. Destes, 130 são áreas prioritárias para o Programa de Regularização Fundiária de Assentamentos Irregulares. Atualmente, 51 áreas estão em processo de regularização, com cerca de 15 mil unidades habitacionais. Algumas das quais estão na fase final do processo, como Vila das Valsas, Botujuru e Conjunto Habitacional Billings. Na Vila Nova Antunes, os moradores já receberam os registros individuais de suas propriedades.

"Elegemos os bairros prioritários e as possibilidades de acelerar este processo para dar segurança aos moradores. Por ser demorado, é preciso começar a fazer um processo contínuo. Traçamos a meta de desenvolver 15 mil moradias até 2013 em São Bernardo. Esse é um número ousado no que se refere ao projeto de transformação, valorização e autoestima das famílias de nossa cidade", ressaltou o prefeito.

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