O vice-prefeito e secretário de Cultura de São Bernardo do Campo prestigiou na manhã deste domingo (4/8) a tradicional Procissão dos Carroceiros de São Bernardo do Campo, que encerrou a programação da Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem, iniciada no dia 28 de agosto, com missas e traslado da imagem. Cerca de três mil pessoas acompanharam o evento religioso.
Segundo o vice-prefeito, além de ser tradicional na cidade, a procissão tem uma religiosidade e uma simbologia muito grande para São Bernardo. "Eu venho em nome da cidade e vou cavalgar com fé na padroeira, para garantir sempre boa viagem a todos nós", ressalta.
O cortejo com a imagem histórica de Nossa Senhora da Boa Viagem teve início às 10h, após a celebração da missa na Paróquia Menino Jesus, do Bairro Jordanópolis, e se encerrou, às 12h, na Igreja Matriz, com muita emoção por parte dos fiéis que participaram da caminhada a pé, de bicicleta, a cavalo, de carroça, boi e outros meios de transporte. A missa de encerramento foi celebrada pelo Bispo Dom Nelson Westrupp.
Para Antonio de Caldas Neto, membro da Associação da Nossa Senhora da Boa Viagem e morador da região central da cidade, a participação é importante pela evangelização e fé na padroeira. "Toda a minha família está aqui presente hoje e eu já participo desta festa há seis anos. Temos muita fé em Nossa Senhora da Boa Viagem", confessa.
O evento, que tem o apoio da Prefeitura e faz parte do calendário em comemoração aos 458 anos do município, também integra o calendário turístico do Estado de São Paulo.
Já o cavaleiro Jony Araújo, que mora na Vila Formosa, Zona Leste de São Paulo, e trabalha na construção civil, participou pela primeira vez da Procissão dos Carroceiros em São Bernardo e garante que a emoção foi muito grande. "Sou natural do Paraná e gosto muito de cavalo, tanto que os meus amigos todos são donos de aras e me convidaram para participar deste evento. Estou muito emocionado", destaca.
Tradição – Este ano, a Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem, em São Bernardo do Campo, completa 94 anos. Desde 1917, devotos da região e romeiros vindos de várias cidades do Estado participam da programação religiosa e cultural. Entre as décadas de 60 e 80, a festa deixou de ocorrer, principalmente em razão da mudança do perfil de São Bernardo, que passou a ser industrial. A partir de 1980, no entanto, a procissão dos carroceiros voltou com força total e relembra todos os anos a história da cidade e do País, pois é uma repetição da que começou com Dom Pedro I. Ele parava na antiga capela, em frente ao largo da Matriz e que era caminho para Santos, hoje atual Rua Marechal Deodoro, e pedia proteção e a benção a Nossa Senhora para uma boa viagem.
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