A
Prefeitura de São Bernardo do Campo realizou sexta-feira (29), na
Biblioteca Pública Municipal Monteiro Lobato, no Centro da cidade, o I Encontro
Municipal dos Agentes de Leitura. O evento teve como objetivo discutir a
importância da mediação no estímulo à leitura e a troca de experiências vividas
pelos agentes nas comunidades. Por meio dos quais são atendidos, todo mês, cerca
de quatro mil pessoas.
"O prefeito tem dito constantemente que temos que
transformar o comportamento das pessoas da nossa cidade e acredito que o hábito
da leitura, por meio deste projeto, tem contribuído de forma significativa para
esta transformação", afirmou o secretário de Cultura.
A agente de leitura
Roberta de Oliveira Cipriano ressaltou o quanto participar do projeto tem sido
gratificante. "Em muitas das casas que visitamos, acabamos por proporcionar o
primeiro contato dessas pessoas com um livro. E ver o sorriso das pessoas, em
especial das crianças, é algo que não tem preço", comentou.
O evento
contou com a presença de cerca de 200 pessoas, entre as quais a jornalista e
escritora Marina Colassanti, palestrante da noite, o cantor, escritor e
compositor Manuel Filho, responsável por uma performance musical, e o autor de
literatura Francisco Gregório Filho. O encerramento do encontro será neste
sábado (30), às 16h.
Projeto – A formação de agentes de leitura é
uma parceria da Prefeitura com o Ministério da Cultura. O objetivo é estimular a
leitura em todas as regiões da cidade, principalmente, em bairros com baixos
índices de Desenvolvimento Humano (IDH) e de Ensino Básico (IDEB). E, com isso,
promover a inserção econômica e social do jovem em sua comunidade.
São
Bernardo conta com 120 agentes, com idades entre 18 e 29 anos e o ensino médio
completo, que recebem bolsa auxilio e foram selecionados por meio de edital e
processo seletivo. Os agentes recebem camisetas, bonés e mochilas para a
realização de ações de estímulo à leitura nas comunidades onde vivem. E têm um
acervo de cem livros de gêneros variados à disposição.
Estes jovens
recebem formação continuada presencial e à distância para atuarem como
mediadores de leitura nas comunidades onde vivem. Sua formação serve de suporte
para que os agentes desenvolvam estratégias de sensibilização das pessoas para o
universo da leitura, sempre de acordo com os interesses do público (lazer,
informação), sua faixa etária (crianças, jovens e adultos) e gostos, entre
outros.
Suas ações compreendem a realização de leituras em grupo, rodas
de leitura, contações de histórias e a organização de saraus e encontros de
leitura. Ao todo, mensalmente são emprestados cerca de 1.300 livros e atendidas
cerca de 4 mil pessoas.
A primeira experiência no Brasil foi em 2005, no
Ceará. No entanto, em 2008 o Ministério da Cultura alterou o formato do projeto
e São Bernardo foi o primeiro a colocar os agentes de leitura nas ruas, em março
de 2010. Em abril do ano passado, os agentes iniciaram as ações nas comunidades,
atendendo 24 bairros da cidade.
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