São Bernardo do Campo começa a colocar em prática o novo Sistema Integrado de
Manejo e Gestão de Resíduos. O contrato de Parceria Público-Privada (PPP) entre
a Prefeitura e o Consórcio SBC Valorização de Resíduos Revita e Lara,
responsável pela implementação e gestão do modelo, foi assinado nesta
sexta-feira (22) pelo prefeito. A cidade é a pioneira no País a seguir as
diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída em 2010 pelo
governo federal.O consórcio deverá apresentar em 45 dias os planos de trabalho, oferecendo ao município um sistema integrado de limpeza urbana, com qualidade e eficiência, implantação de programa de coleta seletiva e de gestão de resíduos de construção civil, a implementação e operação do Sistema de Processamento e Aproveitamento de Resíduos e Unidade de Recuperação Energética (SPAR-URE), bem como a recuperação da área do antigo lixão do Alvarenga. O valor total do contrato é de cerca de R$ 4,3 bilhões para um período de 30 anos.
De acordo com o chefe do Executivo, será implantada uma forma inédita e correta de manusear os resíduos sólidos da cidade, iniciativa que faz parte do seu plano de governo. "Iniciaremos um novo conceito de coleta seletiva com reciclagem, educação ambiental com a população, investimento em nova frota de caminhão, entre outras ações", disse. ecopontos em todo o município, além de seis centrais de triagem operadas por cooperativas. Com isso, haverá a criação de 500 a 800 postos de trabalho.
SPAR-URE – Uma das primeiras medidas a serem iniciadas pelo consórcio será a remediação da área do antigo lixão do Alvarenga, que em determinados pontos tem profundidade de até 25 metros de lixo. Também estão previstos estudos de licenciamento ambiental para a construção do SPAR-URE, que irá tratar os diferentes tipos de resíduos do município, recuperando os materiais recicláveis, tratando a fração orgânica e gerando energia por meio da incineração.
O local, que deve estar em funcionamento no segundo semestre de 2014, irá gerar retorno financeiro à empresa por meio da venda de cerca de 22 MW/h de energia que será produzida, suficiente para o abastecimento da iluminação pública e de domicílios de uma cidade com cerca de 300 mil habitantes. Além disso, haverá monitoramento on-line de controle de emissão de gases que deverá ser precedido de um rigoroso estudo de impacto ambiental (EIA-RIMA). O investimento na usina será de aproximadamente R$ 600 milhões.
Em São Bernardo, são geradas atualmente 700 toneladas de lixo por dia, sendo 45,8% de matéria orgânica, 1,3% de madeira, 20,4% de papel/papelão, 16% de plástico, 3% de metais, 2% de vidros, 4,4% de fraldas descartáveis, 5,6% de materiais têxteis/couro/calçados, 1,4% de resíduos de construção civil e 0,22% de resíduos especiais.
O plano de remediação do antigo Lixão do Alvarenga, que teve parecer favorável da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), prevê a revitalização da área, que deve ser finalizada em aproximadamente um ano. Está prevista a captação e tratamento do chorume, tratamento das águas contaminadas e a construção de um parque de até 300 mil metros quadrados, requalificando a região com a instalação de um importante equipamento público social. O investimento previsto para a remediação e construção do parque é de R$ 70 milhões.
Ele ainda esclareceu que a remuneração da Prefeitura ao consórcio será de R$ 10 milhões por mês. No entanto, será levado em conta a limpeza efetiva da cidade e, caso os parâmetros de qualidade não sejam atendidos, a empresa poderá sofrer uma redução de até 20% no seu pagamento mensal. Para isso, haverá um controle dos serviços de limpeza pública no município, incluindo fiscalização mais rigorosa e um controle por parte da população na qualidade dos serviços prestados. Atualmente, o município gasta R$ 12 milhões com os serviços executados na cidade.
O presidente da Revita, Carlos Alberto Almeida Júnior, afirmou estar orgulhoso de participar desse processo inovador. "A Administração mudou o conceito de pagar para manter limpo, já que está valorizando os resíduos produzidos na cidade. Certamente nos próximos anos iremos gerar energia e cumprir todos os compromissos com a Prefeitura", pontuou.
A reestruturação e modernização do sistema de limpeza também permitirá a ampliação do programa de coleta seletiva, hoje em 1% no município, e a meta é chegar a 10% até 2017. Esse programa terá apoio de uma rede de pontos de entrega voluntária e 30
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